sexta-feira, 11 de março de 2011

Saudades…

Palavra tão bonita, nenhuma outra língua conseguiu traduzir. E acho que nem palavras da nossa língua conseguiriam dizer exatamente o que isso significa. - Sentir falta, querer estar perto, querer estar presente. - Não consigo achar algo que realmente descreva esse sentimento. Sentimento pela qual muitos choram, muitos dão risada, outros preferem ignorar. Ás vezes dá vontade de ignorar… Mas é tão dificil. Como ignorar algo que machuca, que bate no peito, que quer transparecer?! Saudade de quem já se foi, saudade de quem mora longe, saudade quando se vai viajar, saudades do que aconteceu noite passada, ou nos anos que passaram. Simplesmente, saudade. Querer que o tempo volte, que algo se repita, que aconteça da mesma maneira, com a mesma intensidade… Se soubéssemos que acabaria, que passaria, que deixaria de existir… Acho que aproveitaríamos mais. Nos entregaríamos mais. É, acho que sim. Sinto saudade de tanta gente, de tantas coisas, tantas pessoas. Saudade de pessoas que recém conheci, saudades de outras que penso que conheci. Mas saudade mesmo, mesmo, é de quem se ama. Saudade da mãe, do pai, dos irmãos, dos avós, do cachorro. Saudade do que eu fui, do que as pessoas foram. Não que eu não goste de quem sou, mas sempre tem aquela nostalgia. As vezes é aquela vontade de abraçar alguém, de querer estar do lado ou, só ver o sorriso. Aquele sorriso que a gente acha lindo, que nos encanta, que nos faz sorrir junto. Ou aquela lambida no rosto, aquela cara de pidão, querendo um carinho, um afago. Ás vezes a saudade é até daquele xingão, daquele puxão de orelha da mãe, mandando lavar a louça. Sinceramente, a saudade não tem como ser explicada. Só quem sente, sabe o que se passa, sabe que dói… Mas sabe também que se houver o reencontro, será de um encantamento e de uma felicidade sem igual. Sei que em alguns casos da minha saudade, haverá o reencontro. E aí sim… a saudade passará e ficará aquele sorriso, aquela alegria de estar junto novamente, de estar perto. Permanecerá a felicidade nos olhos de quem sentiu saudade… E ela sim, transparece numa facilidade incrível… Ahh… a felicidade.

 

 

Cidreira – Rio Grande do Sul – 04/03/2011 – 00:20

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